Roberto de Pinho

A média, a mediana e a divisão do PIB (Parte II)

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Publicado originalmente, em versão reduzida, como post convidado no blog On The Rocks @ Yahoo! Brasil de Walter Hupsel. Continuação de A média, a mediana e a divisão do PIB (Parte I)

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Prefácio

 

Na continuação do guest post de Roberto Pinho, o autor demonstra o porquê do PIB per capita não ser uma boa medida quando tratamos do coeficiente de GINI, que visa aferir, justamente a desigualdade social.

Walter Hupsel

A média, a mediana e a divisão do PIB – Parte II

Com aritmética simples, o índice de GINI possibilita a conversão do PIB per capita em PIB mediano, assumindo que a renda segue uma distribuição de Pareto. Por exemplo, o PIB per capita da Namíbia em 2011 era de USD 6.326 1, no entanto, levando em consideração seu GINI de 0,64, o PIB mediano é de apenas USD 2.392. Uma grande diferença.

A equação que fornece o PIB mediano, que talvez devesse ser chamado mais apropriadamente de  PIB per capita ajustado pelo GINI, é:

\begin{equation} \label{eq:medianGDP}

PIBmediano = \frac{\sqrt[\alpha]{2} \times (\alpha-1)}{\alpha}\times PIB \textit{ per capita}\text{, onde } \alpha = \frac{1}{2\times GINI}+\frac{1}{2}

\end{equation}

Se você tolerar um erro de aproximadamente 6% em relação ao que é esperado dada uma distribuição de Pareto, você pode simplesmente utilizar $(1- GINI)\times PIB \textit{ per capita}$.

Agora vamos considerar a Ucrânia, com um PIB per capita equivalente ao da Namíbia em 2011, USD 6.365. A Ucrânia tem um índice de GINI muito melhor, 0,26. Assim, o seu PIB mediano fica em torno de USD 5.000, mais de duas vezes o calculado para a Namíbia. Esta diferença é muito mais consistente com a avaliação destes dois países segundo o índice de Desenvolvimento Humano (IDH), utilizado pela ONU, que coloca a Ucrânia e Namíbia, respectivamente, nas categorias de alto e de médio desenvolvimento humano. A análise isolada do PIB per capita dos dois sugeriria que eles estivessem empatados na mesma posição e categoria.

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Curvas de densidade de probabilidade para dados simulados com o mesmo PIB per capita como média mas com diferentes índices de GINI. Em escala log.

O PIB mediano pode também fornecer uma perspectiva mais rica sobre a evolução do PIB de um país e seu impacto sobre a população. Os EUA viram o seu PIB per capita crescer 74% entre 1980 e 2012, enquanto que o seu PIB mediano ou mPIB cresceu menos: 52%2. Olhando o período entre 2007 e 2012, período que inclui a Grande Recessão, o cenário é de recuperação total se olharmos o PIB per capita. No entanto, o mPIB registra uma retração de quase 3% no mesmo período. Sim, houve melhoria em relação ao pior momento da crise, registrado em 2009, mas também não há recuperação total da economia como indica o PIB per capita.

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Evolução do PIB per capita e PIB mediano para os EUA utilizando os valores de 2007 como índices (=100).

Como ocorre com qualquer indicador, o PIB mediano tem as suas limitações. O índice de GINI, necessário ao cálculo, tem menor disponibilidade que o PIB per capita. Às vezes apenas disponível em intervalos de 10 anos. No entanto, alguns procedimentos podem ser adotados para minimizar este problema. Uma vez que o GINI flutua menos entre anos para um país do que entre países em um ano, usar o dado do último ano disponível pode produzir melhores comparações entre países que o simples PIB per capita. Sua adoção certamente requer algum trabalho para melhorar a disponibilidade, qualidade e comparabilidade, um desafio constante mesmo para o sempre presente PIB, como defendido recentemente por Bill Gates.

Todos nós que vivemos trabalhando com estatísticas sabemos que elas podem tornar-se uma influência adversa no desenho de políticas. Quando focamos no PIB per capita, estamos levando em consideração uma pessoa não existente, focando em uma medida que pode melhorar independentemente do que ocorre com grande parte da população. Nós deveríamos focar numa medida capaz de melhor refletir a realidade de um indivíduo bem real, ainda que anônimo, encontrado bem no centro da distribuição dos seus pares. Se começarmos a ver esta medida na home page do Banco Mundial, brilhantemente promovida no Gapminder do Hans Roslings, ou talvez na página principal do Yahoo, talvez possamos ajudar a redefinir progresso econômico em termos que realmente significam progresso para a nossa população.

Agradeço os comentários e sugestões recebidos de Andre Luchine, Beto Boullosa, Camilo Telles, Eduardo Viotti, Emilia Spitz, Joniel da Silva, Leonardo Fialho, René Dvorak, Vini Pitta and Walter Hupsel.

1. Ao não ser se indicado diferentemente, todos os valores foram obtidos no site World Development Indicators, acesso em 31 de Dezembro de 2013. Indicators: GDP per capita, PPP (constant 2005 international $): NY.GDP.PCAP.PP.KD; GINI:SI.POV.GINI, latest available year.

2. GINI data for the USA from FRED: http://research.stlouisfed.org/fred2/series/GINIALLRH , not compatible with WDI data;

Alguns dos Scripts R usados pra produzir este texto:

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A média, a mediana e a divisão do PIB (Parte I)

Publicado originalmente como post convidado  no blog On The Rocks @ Yahoo! Brasil de Walter Hupsel.

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Prefácio

 

Um velho chavão deve ter sua validade. Dizem que a estatística é a arte de torcer (e distorcer) os números até que estes afirmem o que nós queremos. Para uma melhor aferição de políticas públicas, é necessário calibrar os instrumentos de mensuração, debatê-los, para que nossas variáveis e índices sirvam para descrever o fenômeno, e não distorcê-lo. Por esta razão, abro espaço para um guest post, de um amigo que se debruça fortemente sobre o tema.

Se queremos medir ação, eficácia, precisamos de instrumentos que nos possibilitem esta mensuração. Instrumentos errados nos dão diagnósticos falsos, e assim falseiam a realidade.

Walter Hupsel

A média, a mediana e a divisão do PIB

 

O Produto Interno Bruto (PIB) per capita1 é um indicador simples e eficiente, calculado por uma simples divisão do PIB pela população. Ele é usado correta e elegantemente em muitas ocasiões.

No entanto, o PIB per capita não tem como fugir ao fato de que se trata de uma média aritmética com suas inerentes limitações. A média aplicada ao PIB tem um efeito direto: ela mascara os efeitos da desigualdade na economia.

Mas, temos alternativas?

O índice de GINI tem se firmado como padrão de fato para aferir a desigualdade de renda dos países. Ele mede o quanto a distribuição da rede desvia-se de uma divisão equânime: valor de 0 para o GINI significa uma sociedade absolutamente igualitária, onde todos ganhassem exatamente o mesmo. Valor de 1 indicaria que toda a renda do país teria sido ganha por um único indivíduo.

No mundo real, o índice de GINI varia entre 0,20 (melhor distribuição) para países como a Dinamarca ou Bielorrússia até mais de 0,60 para sociedades muito desiguais, como Namíbia ou Botswana. O valor para o Brasil é de 0,552.

Está na hora de considerarmos uma alternativa ao PIB per capita: o PIB mediano. Essa nova medida, uma composição de PIB e GINI, é capaz de melhor refletir simultaneamente mudanças no volume de produção da economia e tendências na distribuição de renda, sem deixar de permitir a comparação entre países com populações de tamanhos distintos.

Enquanto a média é a soma de todos os valores de um conjunto dividido pelo número de elementos do conjunto, a mediana representa o valor encontrado no meio do conjunto, que o divide em duas partes: metade são maiores que mediana, metade são menores.

Médias são influenciadas por valores extremos, medianas não. Em um exemplo clássico, um aumento no salário do funcionário mais bem pago altera a média salarial, enquanto a mediana não se alteraria. Mover a mediana requer que ao menos aqueles que não são nem os mais ricos nem os mais pobres tenham reajustes no seu salário. Para a divisão do PIB, significa dizer que a mediana reflete melhor a realidade do cidadão ou cidadã típico.

Uma política que tenha como fundamento o crescimento da economia a qualquer custo [humano] tem amparo no PIB per capita, que cresce ainda que alguns poucos melhorem. O PIB mediano já não [se] deixa enganar tão facilmente.

 

Continua em A média, a mediana e a divisão do PIB (Parte II)

 

 Agradeço os comentários e sugestões recebidos de Andre Luchine, Beto Boullosa, Camilo Telles, Eduardo Viotti, Emilia Spitz, Joniel da Silva, Leonardo Fialho, René Dvorak, Vini Pitta and Walter Hupsel.

1. Este texto poderia igualmente discutir PNB per capital. PIB per capita foi escolhido por ser de mais amplo uso;
2. Ao não ser se indicado diferentemente, todos os valores foram obtidos no site World Development Indicators, acesso em 31 de Dezembro de 2013. Indicadores: GDP per capita, PPP (constant 2005 international $): NY.GDP.PCAP.PP.KD; GINI:SI.POV.GINI, último ano disponível.

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Montando uma rede com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável

Pequeno post para compartilhar arquivos de nós e ligações para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, sua metas e indicadores.
Agradeço a indicação de quaisquer erros.

Arquivos:
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ODS.nodes.csv
ODS.links.csv
R:
ODS.nodes.links.RData

Visualização feita com os arquivos (use o scroll do mouse para zoom):

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Vamos falar sobre colheres, pás e teares

Vamos falar sobre colheres, pás e teares

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estória se passa assim: Milton Friedman foi visitar um país considerado atrasado quando vê uma enorme obra que está sendo construída com pás em vez de tratores e outras máquinas. Perguntando o porquê, ele descobre que isso é para aumentar o número de trabalhadores necessários para a tarefa, sendo o fornecimento de empregos um dos principais objetivos desse esforço do governo. Ele então passa a sugerir, zombeteiramente, que os trabalhadores devem usar colheres em vez de pás, assim a necessidade de trabalhadores seria ainda maior.

Já vi essa estória usada para ridicularizar muitas intervenções governamentais na economia, desde projetos de estímulo a regulamentações trabalhistas. É muitas vezes usada para desqualificar todas as intervenções governamentais na economia. O problema com as intervenções seria que elas sacrificam a eficiência em benefício de ninguém, que seriam tão inúteis como construir um canal com colheres.

O problema com essa linha de pensamento é que ele tenta agrupar e igualmente desacreditar ações que tem perfis muito diferentes quando se fala de eficiência, produtividade do trabalho e, finalmente, distribuição de renda.

Para mostrar isso, vamos apresentar nossa estória de maneira um pouco diferente, acrescentando mais cor à medida que avançamos. Temos três opções aqui: colheres, pás e tratores, três custos finais diferentes para a obra e três diferentes quantidades de horas de trabalho necessárias para a sua conclusão, mas o mesmo resultado: um canal concluído ou represa ou o que quer seja.

Outra coisa que permanece constante nesta história é o quanto do trabalho é realizado por cada um dos trabalhadores envolvidos. Isso nunca é mencionado. No entanto, uma quantidade constante de horas de trabalho por trabalhador é necessária para que a história funcione.

Temos profundamente enraizada em nós a ideia de quantas horas um trabalhador deve trabalhar por semanaPense em cerca de 40 horas por semana e veja se lhe parece razoável . Agora vamos remover essa restrição e repensar nossa história: vamos usar tratores e caminhões e reduzir o número de horas que cada trabalhador deve fazer.

Do conforto de uma poltrona de escritório, a opção com colheres e a opção de redução do horário de trabalho podem parecer as mesmas, pois tem mais ou menos os mesmos custos, ambos muito maiores do que a opção com uso de caminhões, tratores e uma quantidade mínima de trabalhadores. No entanto, do ponto de vista dos trabalhadores, e também poderíamos dizer, para a sociedade como um todo, estes são cenários muito diferentes. Agora, um trabalhador terá tempo para cuidar de seus filhos, ou aprender algo novo, ou apenas ter uma vida melhor e mais saudável. Nosso analista pode suspeitar disso ao olhar para o índice de produtividade do trabalho por hora trabalhada, que mostra comportamentos muito diferentes para a opção com colheres e a opção com tratores. De fato, a produtividade do trabalho por hora seria mais ou menos a mesma sempre que se usasse tratores e caminhões, tendo poucos trabalhadores trabalhando em tempo integral ou muitos trabalhadores trabalhando algumas horas por semana.

Assim, no que diz respeito à opção de redução do tempo de trabalho, podemos simultaneamente dizer que é tão produtivo como empregar caminhões e poucos trabalhadores, e que é tão caro como a opção das colheres. Como podem ambas as afirmações aparentemente incompatíveis ser verdadeiras?

Para desenredar isso, precisamos adicionar a perspectiva da empresa que está executando o projeto. Para a empresa, a adição de caminhões e tratores a um projeto significa aumentar a produtividade e permitir a contratação de menos trabalhadores, aumentando assim os lucros. Nesse cenário, os ganhos de produtividade são mantidos pela empresa. Se dizemos agora que cada trabalhador só pode trabalhar um número reduzido de horas por semana, ainda é do interesse de todos os envolvidos empregar máquinas, mas agora os ganhos de produtividade derivados são compartilhados com os trabalhadores, o que se reflete em custos mais altos da perspectiva das empresas.

O que está escondido na história original é uma discussão sobre distribuição de renda. Sim, tem havido muita regulamentação que certamente afeta a produtividade, tais como a necessidade de ascensoristas  para elevadores automatizados1, mas não se pode dizer o mesmo das intervenções no mercado de trabalho, tais como a fixação da carga horária máxima semanal ou o estabelecimento de um salário mínimo. O que eles fazem de mais importante é nivelar o embate de forças entre os trabalhadores e os empregadores. Sim, se a qualidade e a competitividade da sua empresa se basearem apenas em ter mão-de-obra barata, poderá ser levada  à falência. Se não, você tem outras opções, como ter uma estrutura de remuneração melhor, por exemplo.

Salário mínimo e outros regulamentos relacionados com o trabalho devem ser discutidos em conjunto com a produtividade do trabalho e comportamento do lucro das empresas, bem como as tendências em termos de desemprego. Desconsiderar estes fatores na avaliação do salário mínimo é irresponsável.

Este debate não é novo, como também não é nova a oposição à regulamentação do trabalho, implicando a ruína da indústria se adotada. Este trecho é do economista de Oxford Nassau Senior, em 1837, opondo-se um limite de 10 horas diárias em fábricas:

“Não tenho dúvida, portanto, que uma lei de [limite em] dez horas seria absolutamente ruinosa. E eu não acredito que qualquer restrição, das horas atuais de trabalho, poderia ser feito com segurança. … O fabricante está cansado das regulamentações, o que ele pede é tranqüilidade.

Como todos sabemos, apesar das advertências terríveis, a economia do Reino Unido tornou-se tudo menos ruinosa.

Agradeço a Beto Boullosa, Camilo Telles e Walter Hupsel pelos seus comentários e sugestões.

 

1. Lei Municipal 1.626/90 (Rio de Janeiro)

Photo by Mari Potter on Unsplash

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algumas coisas não se alteram

Ano passado fui a um casamento em Paris.

Foi o primeiro casamento que fui fora do Brasil.

Muitas coisas eram marcadamente diferentes:

Éramos, ao todo, em torno de 25 pessoas, contando com o fotógrafo. O último casamento que fui no Brasil tinha 6 pessoas apenas na equipe de vídeo e fotografia…

Todos chegaram a pé, ou de metrô, ou de ônibus. Não havia limosine ou SUV trazendo a noiva, como estamos acostumados a ver por aqui.

Ao terminar a cerimônia em uma das Mairies de Paris (espécie de prefeitura de bairro), o grupo saiu andando em conjunto sob a bela luz de um meio-dia cinzento de Paris.

Alguns poucos quarteirões depois, chegamos ao restaurante. Decorado e reservado inteiro para nós.

Lugar agradável, com comida incrível, e que eu já conhecia. Já que você tem que casar na Mairie do seu bairro, as coisas tendem a acontecer em lugares conhecidos, próximos de casa. No ano anterior, o casal havia nos convidado para jantar exatamente naquele restaurante.

E os 25 convidados foram suficientes para encher o lugar.

Não tinha música ao vivo, não tinha dança, não tinha, que eu me lembre, nada de música. Os únicos sons de que me recordo foram os de risadas e os de pessoas alegremente jogando conversa fora, e, de vez em quando, o pobre garçom tentando anunciar e nos descrever cada etapa da refeição.

E foram várias. Após inúmeras sequências de pratos, vinhos e bebidas, o almoço terminou e saímos todos ao mesmo tempo. E andamos juntos em direção aos nossos destinos. O grupo ia se dissolvendo aos poucos, à medida que chegávamos aos nossos pontos de partida: a estação de metrô, o ponto de ônibus, o caminho para a curta caminhada em direção à casa.

No entanto, ainda que diferente em ritual, algumas coisas não se alteram:

O amor, a alegria, o prazer de fazer parte de uma celebração da amizade e de testemunhar duas noivas podendo finalmente celebrar o seu amor.

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Posted by Roberto de Pinho in AVida

Sede

O coração seco ruma em direção ao mar.
no caminho, nuvens seguem em sentido contrario
Tão melhor que chegar à Caladan da infância
seria ver chegar a chuva que transforma a terra alta
Muito maior a alegria de um mundo que sorri, que
o prazer mesquinho de banhar-se em meio a sedentos.

Posted by Roberto de Pinho in AsCoisas, Verso e Prosa

How many

Posted by Roberto de Pinho in AVida

As Coisas: espaço vazio

Passava quase todo dia por lá. Não havia escolha: este era o caminho mais curto. Não passar por lá era reconhecer a importância do lugar, da memória referenciada daquilo que poderia ter sido.

O lugar era duplamente irreal. Ela nunca morara lá. A janela marcava o lugar apontado em uma informação desencontrada. Alí fixara residência apenas o objeto imaginado da sua paixão nunca alcançada.

Depois, conhecera o verdadeiro endereço, o verdadeiro amor, a verdadeira mulher, e, enfim, a verdadeira dor e desilusão.

Mas naquela janela, aberta para o verde onde cresce a esperança¹, sobrevivia o peso do amor maior que nunca conheceria.

Roberto Pinho

¹”aberta para o verde onde cresce a esperança”: Thiago de Mello, 1964. Estatuto do homem – ato institucional permanente.
Posted by Roberto de Pinho in AsCoisas, Verso e Prosa

Pequeníssimo Compêndio de Músicas sem noção

Uma música sem noção é aquela em que a música segue alegrinha apesar da tristeza retratada na letra. Falando pernosticamente,  geram dissonância cognitiva.

Contribuições são mais que bem-vindas.

Supertramp – It is raining again

Kid Abelha – Os Outros

Posted by Roberto de Pinho in AsCoisas, Sucesso de Público