
Em algum lugar do Atlântico perdeu-se o meu anjo exterminador.
Indeciso entre o seguir ou o voltar, afogou-se em reflexão e,
em reflexo, no espelho que queria controlar.

O mundo que herdo não é feito de alegrias ou respostas prontas. Nele cabe a tristeza no olhar do menino e cabe o adulto, que parece lhe dizer, seja na mais terna demonstração de fragilidade, seja na mais violenta explosão de quem se encontra encurralado, “dá-me a mão”.


Mas nele cabe também a leveza de saber que não tenho a resposta, e que ela não existe. Neste novo mundo, me somo ao menino que chora e ao adulto que pede colo. Me somo àqueles, que por mais perdidos que estejam, lhe trazem alguma sabedoria e também aos que, em plena certeza, semeiam os desentendimentos. Navego entre a simplicidade que salva e a que engana, entre a complexidade necessária e a sem sentido.

Neste sereno mundo, neste difícil mundo, neste mundo revolto e complexo, estou pronto a abraçar tudo que tenho e carrego, tudo que encontrarei pela frente, toda a grandeza da sua vasta experiência e da sua bela diversidade, que em tanto a mim superam. Nele, as noites são mais iluminadas e o impensado não assusta tanto.
Neste amplo mundo cabe a não trivial possibilidade do andar de bicicleta sob a chuva.

E isto
basta para me
deixar feliz.
Arte de Ananda Nahu
Oi Roberto!
Tudo tranquilo contigo?Ja ta no Brasil?
Muito bom teu texto, pode usar nossas imagens para qualquer finalidade.
espero que esteja tudo bem
abraco!
ananda
Thanks !
Estou de volta. Tudo ótimo por aqui.
Abraços !
Admiro.