Por mais de uma vez já fui negado: Não, ele não se matou. Não pode ser. Mas foi. E os paranóicos estão certos, sua morte foi acobertada para não destruir o herói, para que a sua morte de herege esquecido não tirasse dele toda uma história de feitos:
A certidão de óbito ficou “sumida” por 23 anos. O motivo da morte foi omitido desde a ditadura de Getúlio Vargas, quando criou-se a figura-mito do herói nacional, chegando a ser ignorado pelos livros de história. Achavam que não ficaria bem um herói suicida.
Quando foi encontrada, dava como “causa mortis” um suposto “Colapso Cardíaco”.
O próprio Governador da época, Dr. Pedro de Toledo, determinou: “Não haverá inquérito. Santos Dumont não se suicidou.” Cumpridas as ordens do Governador, somente a 3 de dezembro de 1955 seria registrado o óbito. Fonte:Luciano Camargo Martins
Assim, suicida, doente e esquecido, Dumont preserva as glórias de toda uma vida, mas confirma a Síndrome de Colombo pela nossa recusa em aceitar o seu fim de vida.