É a mesma coisa, só que diferente

Às vezes, pequenas mudanças na maneira de enxergar as coisas fazem grandes diferenças. Outras não. A decisão fica a gosto do freguês.

O governo recentemente mudou a forma de contabilização do déficit da previdência. Antes tudo caia numa conta só. Tanto o prejuízo dado aposentado que se aposenta fraudulentamente por invalidez e o defunto que fica recebendo, quanto o prejuízo daqueles que legalmente recebem sem nunca ter contribuído, como é o caso de alguns trabalhadores rurais.

O Estadão malhou. Parece que Miriam Piglet também. Defendem que a conta, no final é toda do Tesouro mesmo, não muda nada. Que, no final, a viúva paga a conta.

Acontece que a separação, permite, entre outras coisas, separar aquilo que, de certa forma, são favas contadas, daquilo em que há espaço para mudança. Se há déficit para o pagamento daqueles que contribuem, há aí erros de gestão que podem e devem ser corrigidos. Se este déficit fica escondido junto com o outro, não sabemos o quão boa gestora é a nossa previdência e nem mesmo se ela melhora ou piora.

Mostrar o outro lado é bom também, permite à sociedade enxergar quanto custa esta política social e assim poder avaliá-la.

Melhores argumentos a favor são feitos pelo Nassif.

A Teia Eleitoral foi uma iniciativa que busca a melhoria pela melhor disponibilidade e clareza de informações. As iniciativas da Transparência Brasil também seguem esta linha.

Uma iniciativa um pouco mais mórbida, mas que espero que dê frutos, é o Rio Body Count. Confira:

Posted by Roberto de Pinho

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