Em movimento, toda a vontade vai em direção à opção menos provável. Não na direção impossível, pois nesta fica convencida da sua impotência.

Assim, desta face favorita se tenta esquecer. Concentra-se naquela, que embora não de todo esquecida, é menos afortunada nas decisões do mundo. Rezas, encantamentos e orações, na falta de braços e pernas e músculos, travam esta batalha silenciosa e instantânea.
Já no campo da batalha perdida, sobrevive a dor de aceitar a sua incapacidade ou a dúvida de não saber se assim já não seria, se nada fosse tentado.
Puta merda, Roberto. Você quando se propõe a escrever, me surpreende.
Eu sou uma pessoa absurdamente impulsiva. Eu diria que patologicamente impulsiva. E estou me trabalhando para ser friamente racional como meu pai. Mas não há nada mais delicioso que ceder a um impulso. Aquele pote de sorvete de chocolate no meio de um regime? Comer um acarajé quando se está com gastrite erosiva? Beber vinho do porto na suspeita de uma hepatite? Comprar uma adega quando você já está endividada pelos próximos 4 meses?
Saí dia desses com uns colegas e a Carmen me fez uma pergunta que eu te faço, retoricamente: Em que você extrapola?
Em que você extrapola ?
Fácil: pizza, steak au poivre etc
Reli o post agora, sentada aqui, ao lado de Igor. Engraçado como teve neste momento uma conotação triste. O título me doeu um pouco, pois estou às voltas aqui com minhas escolhas. De certa forma, pareceu que atrás do post, alguém apontava um dedo pra mim, me acusando. Mas, seja lá onde for que eu esteja errando, pelo menos estou cometendo erros diferentes do passado.
Damn. :o(
Os posts aqui estão ficando cada vez mais raros. :oS