A beleza de uma obsessão

Acredito que invariavelmente as coisas belas são fruto de manias. É preciso estar num estado de permanente desconforto, de achar que mesmo com um Nobel debaixo do braço, de ter desvendado o DNA, é preciso partir para desvendar a mente humana.

O caminho trará recompensas e desculpas para a acomodação, sempre. Kasparov ganhou torneios regionais de xadrez antes de se tornar campeão mundial. Poderia parar por aí. Ele foi estimulado para o xadrez por seus pais, mas é interessante como, às vezes, certas obsessões podem ser transpostas, como Rainer Brockerhoff, desenvolvedor de software para Mac, que confessa ter herdado a mania de “de polir e aperfeiçoar ao máximo os … produtos” dos seus ancestrais marceneiros.

Dificuldades e barreiras intransponíveis também não vão faltar. Ilusões:

Não sabendo que era impossível, foi lá e fez.

Jean Cocteau

Campeão absoluto nas artes da superação e busca frenética pelo sublime nos mais diversos campos é o pianista João Carlos Martins. Pianista renomado, atormentado por acidentes e doenças nas suas mãos, pára, destaca-se no mercado financeiro, volta, pára de novo e assim até hoje, quando inicia uma nova carreira, como regente, tendo o status de “idoso” e quando seus discos de ouro certamente lhe garantem a aposentadoria.

O video abaixo é do excelente documentário A paixão segundo Martins. Assista, e depois, mude o mundo, ou pelo menos o seu. Movimente-se.

Hino Nacional – por João Carlos Martins – Documentário Die Martins-Passion

Posted by Roberto de Pinho

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