
Já quase vai, mas me olha. Se me tens, de mim se esquece, me torna satélite do seu ser. Mantido por uma atração invisível. Alguns movimentos se imprimem e ficam e repetem-se mesmo na minha momentânea ausência.
Mas num instante, fujo, num ciúme de outra atenção, num lapso bêbado, numa alegria que o leva a outro lugar, deixada para trás, recuso-me a gritar.
Assim, não mais estaremos juntos. Esta escolha nunca será minha. Se vai nada faço, se volta aceito.
Mas, nesta ausência, ganho importância, pouco se importa comigo, mas como pude escapa-lo, que deficiência sua não o deixou manter domínio sobre a mais inerte das coisas, como deixou fugir quem tem pernas para prender ? Como salvar o mundo se nisto não se conserta ? Como ter outras sabendo que um dia irá também perde-las, a mim, de novo.
A hesitação que precede o impasse e que frustra o ser se resume em uma so frase célebre e que resume a consciência que reprime o desejo:
“Tu deviens responsable pour toujours de ce que tu as apprivoisé”…
Sim !
Merci !
Carâmbolas. Foi você que escreveu isso?? o.O
“Como ter outras sabendo que um dia irá também perdê-las, a mim, de novo”.
Essa frase está absurdamente bem escrita.
Fiquei curiosa para saber o que provocou este texto. Tem uma série desses? Algo que venha antes ou depois? Você devia postar mais coisas assim por aqui.
A resposta foge a um comentário…