As Coisas: Caminhos

Aqui me puseram, não de maneira pensada ou premeditada. Aqui estou porque lá não servia. E lá estava desde sempre. Tudo mudou e aqui permaneci.
Por capricho, preferia estar um pouco mais à frente, um pouco mais cheio de luz, um pouco mais no fluxo das gentes.

Capricho, pois aquele que não firma sua posição, é expelido da luz e do fluxo, lenta e inexoravelmente às sombras.

Mas nem todos seguem os caminhos traçados. E foi assim que ela pisou em mim. Não reagi, mantive-me inerte à pressão. Meu chão cedeu um pouco, ferindo-se para acomodar a minha resistência ao mudar.


Sentindo, voltou ao caminho, mas não a mesma. Seu corpo espelhava o seu contato comigo. Não fora direto, ainda que me apresente nú para a vida, ela cerca-se de camadas. Ainda assim, este contato lembrava nela a existência de algo. O inerte lembrando da existência da carne. O inchaço reclamando sangue. O esquecido posto em vida pelo imóvel. Primeiro passo que deu para dar adeus a si e começar a viver.

Posted by Roberto de Pinho

1 comment

Luiz Alberto Machado

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