Enquanto a Bahia aparece no noticiário nacional no que tem de pior, com seus neo-coronéis e suas malas de dinheiro, eu fico contente em saber que existem baianos como estes dois que conseguem destilar tudo e tão somente aquilo que ela tem de bom.
Enquanto a Bahia aparece no noticiário nacional no que tem de pior, com seus neo-coronéis e suas malas de dinheiro, eu fico contente em saber que existem baianos como estes dois que conseguem destilar tudo e tão somente aquilo que ela tem de bom.
Ah! Já disse um poeta que terra mais linda não há
Eles bem que poderiam, com a arma que têm, “destilar” um pouco de consciência política pra derramar no povão cego, como faziam antigamente. Ultimamente tenho visto os artistas meio fora da cena, preocupando-se mais em ficar no seu cantinho sem cutucar ninguém.
Não sei sobre JG, mas o Caê não é tão baiano assim… Conta aí quanto tempo ele passou morando na Bahia.
Concordo com o Igor. Acho que o calor expurga as poucas mentes presumidamente pensantes que surgem por lá – e se/quando surgem, é apenas por uma mutação ocasional na genética inópia do povo baiano.
Não acho que medir cartesianamente o número de anos vividos na Bahia seja válido. A experiência deles é/foi claramente influenciada pelo que viveram fora da Bahia, mas, falando por experiência minha, talvez muito mais pelo contraste do que tinham de contexto original com o estrangeiro.
Usando, propositadamente, do ufanismo baiano, como diria Gil, “a Bahia já me deu régua e compasso”, no sentido de que os fundamentos estão lá, e aplicados a um outro contexto, afloram. Ainda no ufanismo, “na Bahia, são todos baianos, lá não me destaco” (Nizan Guanaes, ca. 2000)
Deixando o ufanismo de lado, o tal compasso de Gil, é pra mim uma absoluta falta de certezas. No contraste entre Casa Grande & Senzala, donzelas do tempo do imperador, lavagens de igrejas católicas como rito de outra religião, pouco de imóvel fica. E desta incerteza surge espaço para a criação.
Óbvio que falo aqui dos poucos que além de ter toda esta flexibilidade tem também acesso aos conhecimentos formais, a régua com que medir aquilo que é construído.
Quanto ao êxodo de cérebros, o rei, mal coroado, não queria o amor em seu reinado.
PS. Pode desconsiderar o comentário anterior, afinal, sou fruto da genética inópia do povo baiano.
Esqueci de mencionar o quanto os baianos costumam ser previsíveis. Exceto aqueles com alguma auto-crítica, claro.
(hihihihi)