Prata e Cristal

Junta-os e observa. Coloca em frente um objeto que conheces pouco. Maravilha-se com o reflexo.

Entende que em outras eras a técnica era pouca, mas a engenhosidade fazia-se evidente naquilo que era possível. Que o material nobre, condenado a repetir, transcende e faz cópia infiel de um mundo falho, que torna perfeito.

Percebe a suavidade da curvatura. Olha-o de viés. Transforma espelho em janela. Vê, com um brilho nos olhos, um mundo vasto e belo. Persegue a imagem projetada.

Abraça, por fim, quem faz real um amor verdadeiro.



Posted by Roberto de Pinho

Deixe um comentário